Este exoplaneta foi descoberto a 15 de Novembro de 2017, e recebeu o nome de Ross 128 b. Fica a “apenas” 11 anos-luz de distância da Terra (mais ou menos 70 triliões de milhas de distância), e poderá ter vida.
Ross 128 b foi descoberto a partir do deserto chileno no Outono passado, por um telescópio europeu que procura exoplanetas, usando uma técnica que se chama método de velocidade radial ou “Wobble”.
Dada a distância a que estão localizadas mesmo as estrelas mais próximas, é praticamente impossível detectá-las usando telescópios convencionais. Os planetas ou melhor os exoplanetas, apresentam-se de forma tão microscópica, que são imperceptíveis à observação humana.
Aquilo que se tenta fazer em vez disso é procurar pequenas oscilações no brilho da estrela, onde se supõe que estejam a orbitar os exoplanetas. O trabalho seguinte é saber “ler essa oscilação”, que nos dirá bastante sobre o planeta.
De acordo com uma equipe de pesquisadores, que é oriunda de cinco nações, o Ross 128 b terá o tamanho de 1,35 vezes a dimensão da Terra, orbitando em torno da sua estrela-mãe uma vez a cada 9,9 dias, o que faz com que o seu “ano” seja fugaz e sem estações.
Além disso o planeta está 20 vezes mais próximo da sua estrela do que a Terra está ao sol, o que supostamente tornaria o planeta num ambiente incrivelmente quente… Mas a Ross 128 (estrela onde o Ross 128b orbita) é uma anã vermelha. Isto significa que não só que é uma estrela bem menor quando comparada com o nosso sol, como também que é muito mais fria (aliás, em arrefecimento).
Mas as novidades não acabam aqui. Calcula-se que o Ross 128 b tenha uma temperatura média de 23 graus Celsius, e que por girar muito devagar tenha a capacidade de manter uma atmosfera (algo que ainda não está provado). De facto é até um dado quase filosófico, apenas assente no silogismo de que se porventura girasse depressa, não poderia ou dificilmente poderia sustentar uma atmosfera.
Apenas se conhece o planeta Terra com vida, sendo que tudo indica que dentro de alguns anos deverá descobrir-se quase de certeza, vida dentro do nosso sistema solar.
Contudo a boa notícia para se pensar que Ross 128 b poderá conter vida, deve-se mais à estrela em que este planeta orbita do que ao próprio planeta.
Estrelas semelhantes ao nosso sol são de alguma forma raras na nossa galáxia, uma vez que 75% das estrelas da nossa galáxia são anãs-vermelhas, ou estrelas em arrefecimento, e é em volta delas que circundam os planetas “extraterrestres”…
Sendo as anãs-vermelhas estrelas em arrefecimento, desde que os exoplanetas se aproximem bem da “lareira” como é o caso do Ross 128 b, existe uma probabilidade grande de conterem vida. É de facto uma probabilidade simples, de “basta que estejam muito perto” da anã-vermelha!
Sendo contudo as condições diferentes junto desta anã-vermelha, estrela-mãe de Ross 128 b, Diogo Souto do Observatório Nacional do Brasil, e que liderou esta pesquisa afirmou que “Embora Ross 128 b não seja o gémeo da Terra, e ainda há muito que não sabemos sobre sua potencial actividade geológica, fomos capazes de reforçar o argumento de que é um planeta temperado que poderia potencialmente ter água líquida em sua superfície.”
Mas antes de responder à questão da habitabilidade de Ross 128 b, ainda nos falta esclarecer o “Talvez” de Alpha Centauri, que está 3 vezes mais perto de nós.
[…] de outro planeta com a maior brevidade possível. Como novo “lar” da humanidade ele sugere Ross 128, planeta que está a “apenas” 11 anos-luz de distância da […]