A chuva anual de “meteoros Draconídeos”.
Giacobini-Zinner não vai brilhar muito…
O Cometa 21P Giacobini-Zinner pode ser observado enquanto se aproxima lentamente do sol durante esta semana. Segundo o site EarthSky.org, o cometa verde-claro “deverá atingir uma magnitude visual de 6,5 a 7”, o que significa que não será visível aos olhos humanos… Mas quase, dependendo de quão escuro e claro estará o céu na nossa localização. As estrelas mais fracas e outros objetos celestes que podemos ver sem a ajuda de telescópios ou binóculos, têm uma magnitude aparente para cerca de 6 ou 6,5…
Em áreas poluídas pela luz, como as grandes cidades, as observações do céu a “olho-nú” apenas apanham estrelas com uma magnitude de apenas 4,0. (Magnitudes mais baixas indicam objetos mais brilhantes).
A aplicação de realidade aumentada para IPAD e IPhone “SkySafari AR” (iTunes Store), é a aplicação que sugerimos para poder identificar o Cometa 21P no seu ponto mais brilhante. O smartphone deve ser apontado na direcção Auriga – lar de Capella, a “Estrela da Cabra”, de noite e até ao amanhecer. O cometa alcançará o seu ponto mais próximo do sol, por volta das 6h40 (horário deLisboa) do dia 10 de setembro. Contudo pode procurar-se o cometa no céu, nos dias antes e após esta aproximação.
A NASA tem uma ferramenta para seguir a órbita do 21P / Giacobini-Zinner. Pode ser acedida aqui!
Se porventura não se conseguir observar o cometa 21P, por falta de telescópio ou binóculos, é esperar pelo Cometa 46P / Wirtanen.
Cometa 46P / Wirtanen:
A diferença entre o Cometa 21P Giacobini-Zinner e o Cometa 46P / Wirtanen, é que para observar o segundo não é preciso nada… O 46P vai sobressair no céu nocturno a 16 de Dezembro, quando estiver a fazer a sua aproximação ao Sol…
O Wirtanen orbita o sol a cada 5,4 anos, e foi descoberto em 1948. A sua última aproximação à Terra ocorreu em 2013, tendo passado a 907 milhões de quilómetros do nosso planeta. Da última vez o Wirtanen não fez uma aproximação muito “inspiradora”, porque passou longe… Só que este ano vai passar muito perto… A 7,7 milhões de quilómetros… E portanto vai ser muito brilhante e visível a olho nú…
Para termos noção de quão próximo vai passar o cometa, veja-se este breve vídeo que descreve a aproximação “assustadora” ao nosso planeta…
Se quisermos utilizar uma comparação, de entre as constelações que conseguimos facilmente ver, como Ursa Maior, este cometa irá brilhar tanto no céu como estrela mais fraca desta constelação, o que é quase o mesmo que dizer que poderá até ser fotografado com algumas cameras com zoom, de uso habitual…
Por esta razão, neste Inverno a 16 de Dezembro, devemos procurar a constelação de Touro, que estará perto de Plêiades e Híades, para descobrir o 46P/Wirtanen no céu..
E devemos procurá-lo quando estiver nesta posição!
A NASA tem uma ferramenta construída para seguir órbita do Wirtanen. Pode ser acedida aqui! E assim se pode ter mais informação sobre este cometa…
Aceite a sugestão do Bit2Geek e leia “Voyager Mission Control: Por favor enviem-nos mais Chuck Berry!”
Importante:
O Bit2Geek convidou alguns cientistas portugueses e estrangeiros para escreverem neste canal, na medida que o projecto inicial do Bit2Geek seria transformar rapidamente e logo que possível, este canal num verdadeiro site de Espaço e Tecnologia Futurista (esperemos que o melhor!). Já tendo anunciado noutros artigos a participação da Planetary Scientist Joana Neto Lima, anunciamos também agora a participação da Marta Cortesão, que em breve estará a escrever no Bit2Geek, e passará a integrar a nossa Ficha Técnica. Muito em breve anunciaremos outros colaboradores. Stay tuned!!!
A Marta Filipa Cortesão é Mestre em Biologia Molecular e Celular pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP). Em Abril de 2017 iniciou o doutoramento em Microbiologia do Espaço, no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), em Colónia (Alemanha). Estuda a sobrevivência e a adaptação de microrganismos (bactérias e fungos) tanto em ambientes extremos, como o do Espaço exterior (para lá da atmosfera Terrestre onde existe vácuo e diferentes tipos de radiação ionizante), como em ambientes de voo espacial (estes mais amenos, dentro das próprias naves espaciais onde vivem os astronautas). Entre diversas colaborações, destacam-se o laboratório de Proteção Planetária da NASA Jet Propulsion Laboratory (Caltech), o BioServe Space Technologies na Universidade do Colorado (CU Boulder), onde esteve como cientista convidada, e também na Universidade Técnica de Berlim, e no Instituto Nacional de Ciências Radiológicas (NIRS) no Japão. De salientar também a atribuição do prémio Women in Aerospace Europe (WIA-E) 2018, que apoia jovens profissionais talentosos na apresentação do seu trabalho em contexto internacional. Um dos principais projectos em que está envolvida é o “Biofilm in Space”, financiado pela NASA, que consiste numa experiência científica a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS em inglês), para estudar a expressão de genes e a formação de biofilmes em ambiente de voo espacial.
Sigam-nos nas redes sociais, para descobrirem mais…
Partilhar isto:
- Carregue aqui para partilhar no Twitter (Opens in new window)
- Clique para partilhar no Facebook (Opens in new window)
- Clique para partilhar no LinkedIn (Opens in new window)
- Click to share on Pinterest (Opens in new window)
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window)
- Click to share on Skype (Opens in new window)
- Carregue aqui para partilhar no Reddit (Opens in new window)
- Carregue aqui para partilhar por email com um amigo (Opens in new window)