Com o programa Artemis a ganhar tracção, o estabelecimento rápido na Lua em 2024 depende do sucesso das operações lunares. Para isso acontecer, o ideal seria ter algo como um GPS Lunar, ou uma forma dos astronautas rapidamente se orientarem neste ambiente hostil, bem como para facilitar os voos das sondas de apoio.
A excessiva dependência do GPS na Terra habituou-nos a rapidamente conseguirmos triangular a nossa posição, fazendo depender disso todos os procedimentos a que estamos habituados usar, nas mais diversas ocupações humanas. Por essa razão, e pelo sucesso e eficácia do sistema GPS, o ideal seria a criação de um sistema análogo na Lua, para que não existam diferenças substanciais nos procedimentos de exploração, construção, e transporte. Aliás, de que outra forma poderíamos saber se efectivamente nos estamos a dirigir de por exemplo Oceanus Procellarum em direcção ao Mar da Tranquilidade, na Lua?
Por isso a criação de uma rede de satélites com órbita geo-sincronizada na Lua, parece ser a solução que a NASA está actualmente a procurar para auxiliar o sucesso de operações no Programa Artemis “Lua em 2024, ir para ficar”.
A técnica para a utilização de satélites que emitem continuamente sinais conhecidos, com medições de sinal e temporização ultraprecisa de facto já foi experimentado no passado com a missão MMS da NASA (para estudar os campos magnéticos da Terra e do Sol, e a ligação entre eles).
Há dias atrás num comunicado de imprensa, o arquiteto de sistemas da MMS Luke Winternitz afirmou que “a NASA tem empurrado a tecnologia GPS de alta altitude há anos. O GPS em redor da Lua é a próxima fronteira.”
Também Jason Mitchell, Chefe de Tecnologia da Divisão de Análise de Sistemas e Engenharia de Missão do Goddard Space Center afirmou que “estamos a usar a infraestrutura criada para a navegação de superfície no Google Earth, para criar aplicações para fora da Terra. O seu uso para navegação em altitudes mais elevadas já foi firmemente estabelecido com o sucesso de missões como a missão Magnetospheric Multiscale (MMS) e com os Satélites Ambientais Operacionais Geoestacionários (GOES). Na verdade, com o MMS, já estamos a meio caminho da lua.”
Assim sendo, este sistema tem por base o já existente NavCube e está a ser desenvolvido por uma equipa especializada do NASA Goddard Space Center para ser um “NavCube Lunar”, funcionando como receptor de GPS lunar que podemos apelidar de “Navigator”.
Sabe-se que este dispositivo consiste de um computador de navegação com uma antena de alto ganho, e um relógio de precisão. Este hardware lunar, o NavCube, deverá estar pronto antes do final deste ano por forma a ser testado nas primeiras fases ou fases preparatórias do Programa Artemis, embora se saiba que ainda antes disso será testado a bordo da Estação Espacial Internacional.

Sabe-se também que o Navigator servirá de apoio á navegação para a nave espacial Orion e para o Lunar Gateway, o Portal de operações que estará órbita Cis-lunar em apoio das operações do Artemis.
Resta lembrar que o receptor de GPS lunar é baseado no GPS Navigator desenvolvido por Goddard ainda no início dos anos 2000. O seu sucesso foi patente quando se conseguiu que 4 sondas voassem em formação apertada a 115.000 milhas da Terra, uma distância que é muito acima da constelação de satélites que fornece o sinal GPS e a cerca de meio caminho da Lua.
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Lua em 2024, “ir para ficar”? Sim! É uma data que faz todo o sentido!