Notícias de todo o mundo estão a anunciar que o asteróide 216258 2006 WH1, que fará a sua aproximação à Terra a 20 de Dezembro, poderá estar em risco de impacto com a Terra. Esta “rocha voadora” com 540 metros (ou o tamanho do World Trade Center), está a viajar numa rota “perigosa” à velocidade de 43.200 km / hora ou 26.843 milhas/hora.
E portanto, haverá razões para alarme?

O sistema Horizons da NASA para este asteróide pode ser consultado aqui.
Mas não existe certeza de nada no que diz respeito ao 216258 2006 WH1, porque nem conhecemos a dimensão deste asteróide. De facto estima-se que tenha um diâmetro entre os 240 e os 540 metros, pelo que nem sequer é o maior que tem andado pelas redondezas da Terra. E ao passar a 5,8 milhões de Km da Terra, também não é sequer aquele que vai passar mais próximo…
Os asteróides de que não se falou…
Vamos utilizar com termo de comparação a Lua. A Lua fica a uma distância da Terra de aproximadamente 384 400 km. O asteróide 216258 2006 WH1 passará a uma distância de 5.8 milhões de Km da Terra (o que é perto, mas não assim tão perto em termos relativos).
Ninguém parece contudo muito preocupado com o asteróide 310442 (2000 CH 59), que terá entre 280 e 620 metros, que chega a 26 de Dezembro à proximidade da Terra, 7.3 milhões de Km.
Ou com o 481394 (2006 SF6), que chegará a 21 de Novembro de 2019, e que passará a uma distância muito mais próxima do que o asteróide 216258 2006 WH1 (5.8 milhões de KM), e que passará a 4.3 milhões de Km, com um tamanho estimado entre os 280 e os 620 metros, ou seja, potencialmente maior…
Também mais próximo do que o “famoso” 216258 2006 WH1, irá passar o 2015 JD1, a 3 de Novembro de 2019, a uma distância de 5 milhões de Km, e com uma dimensão entre os 200 e os 450 metros.
Muito próximo passa também o asteróide 162082 (1998 HL1), que chega AMANHÃ! Este é muito maior com uma dimensão de 440 a 990 metros e que passará a uma distância de 6.4 milhões de Km.
O asteróide 523934 (1998 FF14) passou a 24 de Setembro também a uma distância mais “curta” que o famoso asteróide 216258 2006 WH1. Com 190 a 430 metros, passou a uma distância de 4.2 milhões de Km.
É também estranho que não se tenha falado no 467317 (2000 QW7), que passou a 14 de Setembro pelas imediações da Terra, a 5.3 Km, e com uma dimensão de 290 a 650 metros.
Ou o 504800 (2010 CO1) com 120 a 260 metros, passou também a 14 de Setembro, a 5.3 milhões de Km.
Ou ainda o 2019 GT3, com 170 a 380 metros passou a 7.5 milhoes de km, no passado dia 6 de Setembro.
Asteróides na proximidade da Terra…
O Jet Propulsion Laboratory da NASA lançou recentemente um vídeo mapeando todos os asteróides que passam a menos de 30 milhões de milhas do Planeta Terra, com intervalos de 10 anos. Começando em Janeiro de 1999 passando por 2009 e por último mostrando a situação em 2018, os resultados são preocupantes… Parece que a Terra activou um qualquer tipo de magnetismo para atrair para as suas proximidades uma enorme quantidade de asteróides, sendo que uma parte considerável deles possivelmente poria fim á vida no nosso planeta!
De facto não há magnetismo nenhum de especial… Aquilo que aconteceu é que os cientistas começaram a descobrir cada vez mais asteróides, com a introdução de formas de pesquisa como por exemplo o telescópio PALOMAR, localizado em San Diego na Califórnia.
E além disso, este vídeo é incompleto, uma vez que apenas regista cerca de 30% dos asteróides conhecidos.
Neste artigo sobre as defesas do Planeta Terra contra os asteróides, já mostrámos 10 grandes crateras que foram originadas pelo impacto de asteróides na Terra.
A verdade é que o futuro é mais ameaçador: A 29 de Abril de 2020 vai passar algo de facto “aterrador” pelas proximidades da Terra. Chama-se 1998 OR2, tem uma dimensão de 4 Km, e vai passar a 6.3 milhões de Km da Terra.
O impacto de um grande asteróide com a Terra é uma questão de tempo. Já aconteceu e vai voltar a acontecer.
Aliás temos nos últimos anos detectado explosões nucleares na orla da Terra, correspondentes à desintegração de asteróides de pequenas dimensões quando chocam com a nossa atmosfera. O video seguinte mostra esse fenómeno.
Actualmente os cientistas procuram afinar as defesas para tentar proteger-nos de um impacto, embora por vezes as coisas possam correr mal.
A verdade é que até agora agora temos tido sorte. Muita sorte, mas também temos o SENTRY da NASA, para monitorização dos asteróides perigosos.
Este asteróide em questão não representa perigo, mas há problemas, e o vídeo seguinte explica esta problemática e indica quais são os reais perigos:
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