A BepiColombo é uma missão conjunta da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência de Exploração Espacial japonesa (JAXA), embora liderada pela ESA, e que tem como objectivo estudar o planeta Mercúrio ou seja, aquele que se encontra mais próximo do Sol. Já que estamos a estudar os planetas em direcção de Plutão, falta agora estudar também aquele que se formou mais próximo da nossa estrela hospedeira, e perceber que segredos nos reserva.
Esta missão começou a ser desenvolvida em 2007 mas só foi lançada anos depois, a 19 de Outubro de 2018 e a partir de um foguetão Ariane V às 22:45 da base da ESA na Guiana Francesa. E o seu estranho nome, BepiColombo, não é uma homenagem ao cientista italiano Giusseppe (Bepi) Colombo (e cujo legado é fundamental para se perceber esta missão).
Esta “nave espacial” foi fabricada pela Astrium, que pertence actualmente ao famoso Grupo Airbus, que em 2008 já tinha 18.000 empregados e movimentava biliões entre os seus escritórios na França, Alemanha, Espanha e Países Baixos. Com a restruturação que a empresa teve em 2014, uma fusão que englobou a Astrium a Cassidian e a Airbus Military, originou a actual empresa/Departamento da Airbus a que chamamos Airbus Defence and Space, e que funciona paralelamente com a Eurocopter (empresa também saída da desta fusão).
Assim e para simplificar, podemos afirmar que a BepiColombo é de facto uma criação da Airbus (via Astrium), com o Instituto Espacial e de Ciência Astronáutica japonês.
Mas afinal, o que é a BepiColombo, que foi criada por este consórcio Airbus/JAXA?
O que é a BepiColombo e o que está a fazer agora?
Para explicar a gritante diferença de peso entre os dois orbitadores, basta explicar que o orbitador europeu (MPO) não só vai comandar o MTM (o módulo de abastecimento) como o próprio MMO (o orbitador japonês), até ao momento da separação, pelo que tem muito mais instrumentação, que aliás serve para o colocar em contacto com a Terra.
A missão foi pensada para durar um ano, podendo ser prorrogada para mais outro ano caso os dados que estão a ser encontrados o justifiquem após as centenas de órbitas que estas sondas vão fazer, para recolha de dados (MPO como dissemos fará órbitas de 2,3 horas enquanto o MMO fará de 9,3 horas terrestres).
Um missão que desperta curiosidades várias…
De facto esta missão está a ser pensada desde 1993, segundo explicou a ESA, uma vez que já fazia parte do seu programa Horizon 2000, que incluiu missões tão famosas como o orbitador de Saturno que ficou famoso com o nome Cassini e o “lander” (sonda de pouso) da lua Titã (e que ia acoplado à sonda Cassini), o Huygens.
Por esta razão, e apesar de ter sido pensada desde 1993 mas só desenvolvida depois de 2007, a missão no ano 2000 já tinha aprovação da ESA.
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