Uma coisa é ver uma aeronave leve a descolar, voar e aterrar sem intervenção humana. Outra, é assistir a um avião comercial pesado capaz de realizar as operações de voo de forma autónoma. Foi isso mesmo que a Airbus conseguiu, finalizando um extenso projeto de dois anos que culminou numa série de testes de voo.
Airbus ATTOL: Progressiva Automação do Voo
Crescimento do número de voos, cada vez maior exigência nos requisitos de segurança, ambientes cognitivos de sobrecarga sobre pilotos, e redução de custos na aviação. Esta conjugação de fatores está a levar a indústria aeronáutica a investir na progressiva automação dos aviões. Já dependentes de muitos sistemas automáticos, a aviação investe cada vez mais na progressiva autonomia do voo.
O projeto ATTOL, desenvolvido pelo gigante europeu da aeronáutica civil, desenvolveu tecnologias e metodologias para automação das etapas mais cruciais do voo – o taxiar na pista, a descolagem e aterragem. São operações que já são possíveis de fazer com elevado grau de automação, usando sistemas externos de guia dos aeroportos e sistemas de controle de tráfego aéreo. O que o projeto da Airbus faz é internalizar todos os sistemas para realizar essas operações, incluindo-os como elemento do próprio avião.
O grande peso do ATTOL está na capacidade de processamento de informação visual, conseguido através da conjugação de sensores, visão computacinal e algoritmos de machine learning. Os sistemas da aeronave estão concebidos para etiquetagem automática de dados, processamento visual e geração de modelos. Apesar de se ter mostrado capaz de controlar todo o processo de descolagem e aterragem, o ATTOL está a ser planeado como sistema complementar para aliviar a carga cognitiva dos pilotos.
Futuramente, o voo totalmente autónomo poderá ser uma possibilidade. Mas por enquanto, estes sistemas envolvem sempre pilotos para intervenção em caso de falha, ou como apoio ao seu trabalho. Para desenvolver o ATTOL, a empresa modificou um A350-100 XWB, a mais moderna aeronave da família Airbus. O projeto ficou concluído em junho de 2020, contando com mais de 500 voos, cinquenta dos quais em modo de total autonomia.
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